quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Minhas caixinhas!

Organizar os sentimentos não é tarefa fácil. Com ajuda profissional então, nem se fala. Saímos de uma sessão de terapia convictos de que precisamos mudar, sabendo onde devemos agir e na maioria das vezes, não temos coragem para fazê-lo. E isso dói... porque não é missão simples mudar comportamentos.

Há um tempo aprendi que devemos “dividir” cada área da nossa vida em setores, colocando cada um na sua “gaveta”, como quem organizasse um armário e a partir daí, planejar a vida.

Absolutamente fácil, afinal, pensar na nossa saúde, vida financeira, profissional, afetiva, social, familiar e espiritual como sendo pequenas caixinhas isoladas, nos leva a enxergar, sem grande confusão, onde devemos atuar num momento de crise. Se, vivenciamos uma mudança ou problemas no trabalho, por exemplo, rapidamente o transferimos para a nossa vida familiar ou afetiva.

Pois bem, “re”pensando minha saúde, afinal é este objetivo que me traz aqui, percebo que tenho levado meus “sofrimentos” para todas as caixinhas e, espalhando bem, pra ficarem muito bagunçadas.

Partindo da premissa de que o que sou hoje é influencia da sociedade que vivo, da minha formação e do meu psicológico, as coisas vão de mal a pior!

Reorganizar este quebra-cabeça é tratar cada área da vida com maior apreço, e, certamente, um grande passo para atingir uma meta maior.

Como ouvi recentemente: “porque sou inacabado, preciso continuar”.
O momento é de revirar as gavetas!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Questionamentos inusitados

A constatação de que fugia do espelho nos últimos anos veio somente agora, com as primeiras vitórias no processo de emagrecimento. Acabei traindo-me quando olhei somente para fora.


A visão é, sem dúvida, o sentido mais ativo do ser humano e ela nos leva “ao outro”, “ao externo” e nunca a nós mesmos, mas o espelho nos proporciona esse reencontro... Porém, somos movidos pela emoção, e esta, nos afasta da realidade. Enxergamos somente o que o nosso coração quer!

Talvez a melhor palavra que defina este paradigma seja “ilusionismo”. Não é à toa que milhares de pessoas sobrevivem deste ofício e outros tantos de “vender” sua aparência.

Essa massificação eu recuso, apesar da controvérsia. Confesso que não aceito o fato de me submeter a tal “ditadura da beleza”, mas, é fato que meu caso já ultrapassou o bom senso e a saúde é uma prioridade maior. Ou será esta apenas uma racionalização do conflito: emagrecimento x aceitação. Talvez...

Cabe aqui mais uma justa citação de um dos meus livros prediletos:

Pensar é transgredir

“Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto... Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar. Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência.

Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. Se nos escondemos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos. Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história.

O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada. “

Encerro esclarecendo que apenas exponho nesta página anseios que carrego no peito... é uma forma de renovar o pacto feito comigo mesma. Fico feliz com sua visita e torço para que consigamos alcançar nossas metas!

Bjos...

Fonte: Pensar é transgredir/ Lya Luft.- 12ª. Edição – Rio de Janeiro – Editora Record, 2005.

Castigo ou motivação?


Domingo é dia de um grande desafio e que somos frequentemente reprovados na tarefa de nos manter na contagem dos pontos e calorias, porque nos reunimos com a família em torno de mesas fartas que não nos permite resistir a tanta tentação.

Por isto que a segunda-feira já se tornou o dia mais frequente para o início de dietas. Repensando meus excessos, lembrei-me da tarefa rotineira de começar de novo todos os dias.

Remexendo meus pensamentos, veio à tona a história do Castigo de Sísifo, um mito grego, condenado, por toda eternidade a levar uma grande pedra até o cume de uma montanha, sendo que, ao fim do dia, alcançado o topo a pedra rolaria montanha abaixo e, por esse motivo, a tarefa seria repetida diariamente por ele, num verdadeiro castigo eterno.

Fazendo uma analogia na árdua tarefa de enfrentar a rotina diária, penso que podemos encarar essa empreitada não com o mesmo peso, mas olhando a oportunidade de refazer o mesmo trajeto vivendo a experiência avistando diferentes ângulos.

Que tal vislumbrarmos a oportunidade de, no meio da tarefa, dar uma olhadinha pra traz e descortinar o horizonte que tal montanha nos proporciona? Encontrar um atalho, uma nova trilha? Podemos também olhar para o nosso lado e ver que não estamos sozinhos nessa missão, e, buscar forças para estender a mão e ajudar aquele que tem uma “carga” mais pesada que a nossa.

Se ampliarmos nossa visão de mundo, ignorando um pouco nossas misérias, nos vimos capazes de amanhecer renovados, mais dispostos a enfrentar nossa semana com a chance de “rasgar” o que passou e começar de novo com mais força e disposição!
Certamente, nosso "castigo" se transformará em motivação!

Créditos Imagem: Sísifo, de Tiziano, 1549 (Fonte: wikipedia)

terça-feira, 9 de março de 2010

Tinha que ser mulher!

Tenho a graça de ter uma mãe muito especial, mas ela tem umas manias...
Saí de casa aos 20 anos para estudar... vez e outra que vou visitá-la ela deixa um bilhetinho, um poema: na bolsa, na mala! Descoberto somente quando já estou longe do seu olhar!

Acabo de encontrar dentro de um livro um desses bilhetes! Escrito em 2006, pelo Pe. Roque Schneider. Vim partilhá-lo com vocês!

EM BUSCA DA FELICIDADE

Nos tempos de seminário, li três vezes a Vida de Cristo, escrita por Giovanni Papini, festejado escritos italiano. Num de seus livros, descreve exaustivamente a historia de um homem inquieto, insatisfeito com a vida e com o local onde morava. “Nasci para vôos mais amplos, mais altos e universais.”- repetia Francesco com seus botões. “Vou buscar o recanto da minha felicidade e realização bem longe daqui. Já não suporto esse bairro medíocre que me enche de solidão e tédio mortal.”

Um dia, Francesco tomou coragem, fechou sua casa e ganhou a estrada, caminhando a esmo, sem rumo, sem destino final.

O tempo rolou, os anos passaram. Idoso, alquebrado, com as pernas fraquejando, com suas mãos trêmulas e a voz sumida, Francesco já não percebia se caminhava em círculos, se seguia em frente ou se retrocedia em sua interminável caminhada.

Certa manhã, ao raiar o dia, seus olhos fatigados bateram numa casa rural, de portas fechadas. Em volta da casa, densa vegetação tomava conta dos arredores abandonados. “Talvez seja essa a casa que tanto eu procuro, o recanto ideal da minha felicidade sonhada”- balbuciou Francesco. “Vou reformá-la de alto abaixo, trocar o telhado, as janelas, transformando-a numa residência habitável, de fazer inveja aos vizinhos."

Ao entrar, Francesco estremeceu, petrificado: encontrava-se na casa
paterna que ele abandonara há décadas, correndo atrás de ilusões. Depois de perseguir sua utopia, retornava às origens, ao próprio lar.
Quantas vezes na vida buscamos longe a felicidade que se encontra próxima, em nosso domicilio, em nós mesmos. Nunca foi inteligente perseguir sonhos irrealizáveis, idéias impossíveis, morrer de sede quando fontes redentoras jorram a dois passos, ao alcance da mão.

Se não temos o que amamos, temos de amar o que temos, mesmo que seja pouco, aquém dos nossos anseios e aspirações. O mundo era pequeno para o ambicioso general Bonaparte. Uma andorinha se contenta com o desvão de um telhado.

E você? Para onde caminhas?

Somente a sensibilidade feminina para proporcionar momentos como este na vida de alguém! Dia da mulher é todo dia! Ser mulher é mesmo uma dádiva divina... Conviver com mulheres especiais, uma oportunidade única... Bjosss

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Afirmando-se com ternura

Em sentido literal, afirmar-se é declarar com firmeza, assegurar que uma coisa é verdadeira, manifestar seus princípios, sua personalidade. Para a psicanálise significa agir ou reagir de modo a livrar-se de um complexo.


Na busca do conhecimento de si mesmo, o homem se impõe na atualidade como um ser imbatível, não sujeito a erros, tropeços e muito menos passível de admitir os altos e baixos da vida.

Essa afirmativa nos leva ao conceito difundido pessoa bem sucedida, visivelmente defendido pela maioria, que, por vezes, deseja se enquadrar no “modelo ideal”.

Aceitar, conviver, desejar... somente aqueles que conseguem se manter “revestidos” dessa armadura! Eis aqui uma das maiores fontes de frustrações humanas: esperamos do outro o que ele não é, visto que acreditamos no que ele aparenta ser!

O “forte” nem sempre é aquele que se reveste dessa armadura e caminha batendo no peito que pode lutar destemidamente! Esse modelo idealizado é pura utopia da alma, hodiernamente defendido pelas indústrias modernas gerando extrema frustração.

Precisamos alcançar tranqüilidade e sabedoria de tal forma a não olharmos aquele que se admite falho e humano com tantas ressalvas.

Observando criteriosamente o outro, enxergamos milhares de pessoas se destacando. Lamentavelmente “invisíveis” aos olhos da nossa sociedade por não figurarem em listas de “elencos influentes”.

Almas lutadoras, vitoriosas e mentes brilhantes. Belíssimos exemplos de vida...
As grandes vitórias também trilham os caminhos silenciosos da redenção da alma!
O ser humano está superficial...Essa retórica é tão comumente pregada que já não causa espanto.

Não desejo repetir discursos vazios sem ir a lugar algum. Objetivo a reflexão constante. Encaminho ao íntimo as indagações propostas: Como enxergo o ser humano que circula em meu meio? Valorizo seus limites? Sou capaz de ouví-lo, entendê-lo e respeitá-lo? Ou apenas multiplico o modelo pregado?
Felizmente, considero-me ‘alma sonhadora’ que busca olhar as coisas com a singeleza da vida e repassar adiante minha postura.

Posto aqui um e-mail enviado a um querido amigo com a citaçao de um trecho de O pequeno príncipe, Antonie de Saint-Exupéry:

Assunto: Um pouco de ternura para o seu dia



"...as pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?" Mas perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?" Somente então é que elas julgam conhecê-lo....As pessoas grandes não compreendem nada sozinhas,e é cansativo para as crianças estar toda hora explicando..”



Quero lembrar-te que temos um coração de criança escondido no peito. Alimente-se do seu, sempre que preciso for!!!

Cuide-se!!!

Estendo os votos a todos que por aqui passarem...

Bjoss

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Obesidade: questão social e psicológica

Em busca de informações sobre o tema, e também por admirar muito o trabalho deste psicoterapeuta, falo de Flávio Gikovate, encontrei uma palestra do mesmo, no Café Filosófico sobre o tema: Construir o simples, emagrecer!



Ele trata a obesidade como uma questão social e psicológica.

Suas ponderações nos leva a analisar alguns dos motivos que geraram o sobrepeso e também aquelas razões que nos mantêm atreladas a ele.

Vale a pena assistir e refletir sobre nossa história de vida buscando as correções necessárias e aplicar em nosso emagrecimento e manutenção de peso.

Boa noite!

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Eu procuro por mim.

Eu procuro por tudo que é meu e que de mim se esconde.

Eu procuro por um saber que ainda não sei, mas que de alguma forma já sabe de mim.

Eu sou assim...

processo constante de vir a ser.

O que sou e ainda serei são verbos que se conjugam sob áurea de um mistério fascinante.

Eu me recebo de Deus e a Ele me devolvo.

Movimento que não termina porque terminar é o mesmo que deixar de ser.

Eu sou o que na medida em que me permito ser.

E quando não sou é porque o ser eu não soube escolher.


Fonte: Quem me roubou de mim?
Pe. Fábio de Melo

Acabo de encerrar a leitura do livro citado. Recomendo... reflexão intensa sobre o que fazemos com nós mesmos.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Não nasci assim.

Não estou escrevendo, é fato... atribulações, viagens, festejos... nada diferente do que vivemos neste mês tão atípico que é Janeiro. Não me esquivei de cultivar novos hábitos juntamente com a convicção de que é preciso mudar radicalmente de postura. 

A leitura me acompanha, adoro! Inteligência emocional, comportamento, dentre outros temas. Um fascínio pelo comportamento e mente que se aprofundou depois da depressão. Minha cura passou por entendê-la e a informação foi aliada aos tratamentos médicos, terapêuticos, além da fé que me acompanha.

Muitos passos ainda preciso dar em direção à descoberta de mim mesma visando ser uma pessoa melhor. Considero-a fundamental, ainda que ela não se mostre acertada. Preciso continuar nesta incessante procura.

Estimulada pelas primeiras vitórias na perda de peso sigo a procura do Eu, entre erros e acertos, uma certeza: passei pelos últimos anos acumulando tristeza à minha silhueta, visto que comer se tornou uma maneira de “engolir” a angústia e “afogar” meus medos. Felizmente, “não nasci assim” foi o que li recentemente num testemunho de vida.

Assim como escreveu Hermógenes, em seu livro “Mergulho na paz”

“A dor esta aí. Não adianta fugir.
Prazeres grosseiros e baratos, venais e efêmeros, são usados como analgésicos.
Analgésico é fuga.
Os analgésicos viciam, condicionam e iludem.”

Minha relação com a comida era meu analgésico preferido. Qual será o seu?

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Lista de desejos!

Meu aniversário está chegando e eu recebi de um site um e-mail para completar minha “lista de desejos”... adorei a proposta, afinal, quem não gosta de presentes, não é?

Então, aqui estou para dizer o que eu mais quero...

Quero mais saúde! Física e mental... o que aparentemente pode estar sob controle, de repente muda, então peço a Deus que cuide de mim e continue me dando forças para continuar fazendo a minha parte para alcançá-las!

Quero pedir paz no coração, afinal, na ansiedade da vida, a paz é a primeira a ser sacrificada. Quero estar em paz comigo mesma, com o mundo e principalmente com aqueles que fazem parte do meu convívio, aos amigos queridos e familiares!

Não posso esquecer de pedir paciência, calma e tranqüilidade. Acredito que se não as temos dentro de nós, é, impossível transmiti-las ou vivenciá-las na nossa rotina.

Peço também, a chance de viver novas experiências, que me desvencilhem de velhos pensamentos. Afinal, o que é a vida sem a oportunidade de mudar o trajeto inicial sempre estudando e aprendendo mais. Esse é o meu maior combustível!

Mas, tenho muito que agradecer, pois este ano último foi duro, mas, eu sobrevivi!!! Com coragem, dignidade e muita fé! E com as orações de minha mãezinha!

E o maior desejo? Uma página em branco para eu escrever minha historia com erros e acertos, alegrias e poucas tristezas (espero), mas, cheia de esperança e fé na vida!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Ser saudável, de corpo e alma!


A mulher não precisa perder sua essência para ser aceita na sociedade, ao contrário, a partir da aceitação de si mesma ganha força, afirmação e equilíbrio."

A ascensão masculina que ocorreu durante séculos, colocou a mulher numa posição de dependência e alienação. Com o passar do tempo ela desperta para sua condição e se descobre um ser individualizado, com direitos e talentos até então, adormecidos. A mulher resolve assim que deve seguir outro caminho, um caminho que irá levá-la a dar um grito de liberdade, igualando-a ao homem. Com isso ela passa a ditar regras, falar mais alto, se sustentar e tomar decisões sobre sua própria vida.
A partir desse momento a mulher passa a, inconscientemente, "matar" ou tentar apagar, dentro de si a pura essência da sua feminilidade. Essa tentativa de negar a sua condição feminina se percebe até através de doenças, como por exemplo, cistos de ovário, mioma, endometriose, infertilidade, etc. Esses, na realidade são sinais que o corpo emite para mostrar aonde chegou a, tão desejada "igualdade dos sexos". Ou seja a mulher se igualou ao homem, mas paga um preço alto por essa igualdade mal direcionada.
Não pretendo sucumbir minha natureza a esta devastadora imposicão do corpo perfeito, procuro acima de tudo cuidar da minha saúde e afastar os medos de um histórico familiar de AVC's e infartos.
Estou pensando também no meu bem estar. Nao serei hipócrita dizendo que o excesso de peso nao incomoda também a alma. Mas, meu corpo pede saúde, habitos saudaveis e novo estilo de vida. Lutarei por este objetivo!!!

Elis